Última alteração: 2017-09-09
Resumo
A construção imagética de capas de revista é sempre idealizada para causar determinada impressão, e isso é comumente utilizado para direcionar a interpretação do leitor sobre algum fato. Nesse sentido, este artigo analisa, com base na abordagem semiótica peirciana e nos pressupostos teóricos de Santaella e Nöth (2005) e Joly (2007), três capas da Revista IstoÉ que trazem como figura-chave a ex-presidente Dilma Rousseff, partindo do pressuposto de que a composição imagética tem o potencial de reforçar os crimes de calúnia e difamação contra pessoas públicas, gerando danos à honra individual. Percebeu-se que as relações entre os elementos visuais e textuais nas capas analisadas funcionam como catalisadores de discursos difamatórios contra a honra da presidente deposta, ultrapassando os limites legais da liberdade de expressão.