Como forma de oposição aos meios de comunicação hegemônicos, os movimentos sociais constroem seus próprios espaços em busca de soberania comunicacional. É na esfera da comunicação produzida por jornalistas-militantes que busco refletir e compreender sobre quem são essas profissionais que não apenas observam as realidades sobre as quais escrevem, mas as vivenciam, e como é o jornalismo que produzem estando entranhadas nas lutas sobre as quais escrevem. Por meio da técnica de entrevista em profundidade desenvolvo a escuta atenta de três mulheres jornalistas e militantes. As jornalistas expõem seus posicionamentos e propósitos na construção de um jornalismo que seja meio de formação e de construção de consciência de classe.