Última alteração: 2016-08-31
Resumo
Fortemente influenciado pelo paradigma positivista ao longo de sua consolidação como instituição que se propõe a narrar o real, o jornalismo muitas vezes se ancora no porto aparentemente seguro da objetividade como se esta constituísse um instrumento mágico de acesso a uma verdade absoluta. Este artigo busca apontar, em paralelo a uma discussão teórica sobre a superação desse paradigma, em autores como Jürgen Habermas, Gaye Tuchman, Cremilda Medina e Edvaldo Pereira Lima, exemplos de jornalistas autores de livros-reportagens, como Fernando Morais, Zuenir Ventura e Klester Cavalcanti, que procuram aproximar-se de perspectivas mais construtivistas de interpretação do real. Ou seja, profissionais que, conscientes da falibilidade dos métodos, sentem-se parte do mundo da vida e demonstram compromisso com a busca da diversidade significativa de versões necessárias a um ambiente democrático.