Última alteração: 2018-09-01
Resumo
O artigo discute tensões geradas às práticas jornalísticas ante a consolidação das redes sociais digitais. No esteio da Teoria Geral dos Signos, defende-se que na linguagem reside a função do jornalismo: uma mediação qualificada entre os acontecimentos e a sociedade. No seu cotejamento com manifestações do campo, como agências brasileiras independentes de checagem, reportagem em profundidade e interpretação da agenda de notícias, vislumbra-se caminho possível para a superação da crise enfrentada pelo jornalismo. E na disputa de sentidos em torno dos acontecimentos, advoga-se a emergência do conceito de interpretante em rede, cuja compreensão redundaria numa autorreflexão por parte do campo jornalístico que o leve a dar a ver mais da complexidade dos acontecimentos. Trata-se de um esforço de natureza ensaística que visa à constituição de conceitos e técnicas, a jusante, que contribuam para esse movimento.