A partir da Teoria Ator-Rede (LATOUR; 1994, 2005), que propõe alinhar humanos e não humanos como agenciadores de transformações nos agrupamentos sociais, lancei mão da Cartografia de Controvérsias (LEMOS, 2013) para mapear a rede de produção de relatos audiovisuais jornalísticos, a partir de duas vivências etnográficas: a primeira delas durante a realização da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, entre junho e julho de 2014; a segunda, durante os protestos que deram origem ao movimento Black Lives Matter, em Nova Iorque, entre dezembro de 2014 e março de 2015. O recorte que apresento neste artigo diz respeito ao modo como repórteres de televisão usaram aparelhos de smartphone nas rotinas produtivas, nos dois contextos. A experiência revelou padrões e classificações que trazem contribuições que apresento neste texto.