Os atentados terroristas, por sua essência, preenchem os critérios de noticiabilidade cultural e historicamente construídos e preservados por boa parte da imprensa ocidental. Nos últimos anos, a percepção de que eles têm se tornado mais frequentes e conectados com o jornalismo tem contribuído para fazer desse tema um objeto de estudo importante no campo da comunicação e do jornalismo. Este artigo, cujo objetivo principal é discutir a presença das fontes científicas em dois atentados, Manhatann, Estados Unidos, e Bir al-Abed, traz os resultados preliminares de uma pesquisa maior sobre a conexão entre jornalismo, terrorismo e ciência. Para fomentar o debate sobre essa conexão, apresentamos a análise quantitativa, por meio dos recursos de data scraping e data mining, do levantamento da cobertura desses dois atentados em cinco veículos, Folha de S.Paulo, O Globo, El País, Al Jazeera e New York Times, compreendendo a raspagem e a mineração dos dados levantados no período de 30 dias de cada atentado.