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O presente artigo se propõe a realizar uma reflexão sobre como os refugiados têm sido representados nas narrativas midiáticas. Para além desse objetivo primeiro, intentou-se também estabelecer uma discussão, a partir das contribuições dos Estudos Culturais, sobre a relação entre a comunicação, a representação e a formação da identidade dos sujeitos. Reforçou-se a ideia de que a responsabilidade da comunicação na produção social de sentido, mais do que definição ética, se fundamenta como crítica às representações que estereotipam e objetificam o refúgio. Desta feita, por entender que os sujeitos são capazes de produzir sentido sobre as representações midiáticas, por meio de leituras negociadas, chegou-se à conclusão de que as entrevistas em profundidade, aliadas às narrativas focadas nos sujeitos, podem constituir-se como uma proposta crítica ao jornalismo dos estereótipos.