Essa Sessão Coordenada pretende refletir e problematizar acerca de experiências jornalísticas sob um viés que privilegia descentramentos epistemológicos. Tem como princípio dois pontos de partida: 1) a heterogeneidade do jornalismo como fenômeno, o que revela o reconhecimento da pluralidade de sua existência social e narrativa; e 2) a necessidade de se perguntar sobre o jornalismo a partir de questões que tensionem, valorizem e mobilizem suas “instabilidades”, sejam aquelas cujas processos estão explícitos – práticas que tomam por princípio a complexidade da vida cotidiana –, sejam aquelas que emergem a partir de lacunas e disputas presentes em suas manifestações – como nas narrativas da mídia tradicional, que escamoteiam e superficializam campos problemáticos da sociabilidade. Como universo de referência, o conjunto de trabalhos se propõe a colocar em cena leituras decoloniais e/ou não abissais sobre a realidade, observando, num esforço de localização e historicização, como tempos e espaços, de distintos objetos, engendram problemas para pensar o jornalismo sob outros territórios e atualizações investigativas.