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Cartografia da violência na construção narrativa de “regiões perigosas”: um processo de estigmatização reforçado por noticiários criminais
Última alteração: 2020-09-20
Resumo
Reflete-se no presente paper sobre como o jornalismo reforça a estigmatização de regiões perigosas e, por extensão, das pessoas que as habitam. No texto propõe-se um diálogo entre taxa de homicídios e representações de violência em dois noticiários criminais com percepções de telespectadores que vivem no bairro mais estigmatizado pelos programas. O objeto empírico é extraído de uma análise de conteúdo de 80 edições do Balanço Geral e do Tribuna da Massa (outubro a dezembro/2017) e de entrevistas em profundidade com seis telespectadores que vivem na Cidade Industrial de Curitiba (setembro/2018). Embora os telejornais estigmatizem a região como violenta, os participantes ligam a noção de perigo a outros lugares, o que aponta para o território geográfico tanto como um dispositivo de estigmatização quanto como uma comunidade de referência relevante para a produção de sentidos.
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