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O Estatuto da Criança e do Adolescente, lei que completa 30 anos em 2020, estabelece em seu Artigo 71 que “a criança e o adolescente têm direito a informação”. No entanto, a produção noticiosa realizada por jornalistas profissionais destinadas ao público infantojuvenil diminuiu consideravelmente nos últimos anos. Além disso, as representações dos mais jovens produzidas pelas narrativas jornalísticas por vezes reproduzem estereótipos que se afastam da ideia da criança como sujeito de direitos, conforme estabelece o ECA, e reforçam visões sociais da criança e do adolescente como seres sempre tutelados, seja para proteção, seja para correções morais. A partir desse cenário, os trabalhos desta coordenada buscam traçar um panorama sobre o jornalismo e suas relações com as crianças e com os adolescentes em diferentes abordagens. Para isso, são apresentados estudos sobre os discursos das e sobre crianças em revistas de circulação nacional e na imprensa regional, sobre a pesquisa-ação em uma produção em áudio para crianças; e sobre a apropriação do noticiário por adolescentes a partir do que consideram ser “boas notícias”. Desse modo, a sessão debaterá como as produções jornalísticas contemporâneas podem tratar esse público de forma mais crítica e plural.